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A violência relacionada a agressões, assaltos, sequestros e uso de drogas é algo continuo na nossa sociedade, que é relatada diariamente através de diversos meios de comunicações. Constantemente ouvimos casos de pessoas que sofreram com esse mal que vem se agravando cada vez mais.
      “A população está com medo, e não confia mais na polícia.” (Dossiê: A polícia e o cidadão diante do crime. Revista Época – edição 2141, 2 de dezembro de 2009).
     Algo que contribui de forma significativa para isso são os diversos casos de policiais corruptos que se associam ao tráfico ao invés de combatê-lo, levando a sociedade a uma total falta de credibilidade na instituição. Porém recentemente a população carioca, uma das mais atingidas pela violência urbana, viu na ocupação do Complexo do Alemão uma esperança de que a situação, que estava crítica, mudasse para melhor. O complexo do Alemão é uma das maiores e mais violentas comunidades da cidade e foi ocupada pela Força de Pacificação, que é composta por policiais militares (PM) e homes do Exército Brasileiro, em novembro de 2010. Nessa ação foi apreendida uma grande quantidade de armas e drogas, mas somente alguns traficantes foram presos, visto que houve uma grande fuga.
         Algumas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP’s) já tinham sido implantadas em comunidades da Zona Sul, e após esse “sucesso” obtido na operação do Complexo do Alemão mais UPP’s foram instaladas em outras comunidades em diferentes áreas da cidade, afim acabar com o tráfico de drogas e o poder que ele detinha sobre aquela região, devolvendo assim a paz e os direitos como luz, telefone, serviços sociais, transportes, entre outros, aos moradores.
          Mas como nem tudo são flores, não demorou muito para os problemas aparecerem: nos últimos meses ocorreram várias manifestações nas comunidades ocupadas pelas UPP’s, onde os moradores protestavam contra o abuso de poder dos policiais nas revistas diárias e nas ações de repressão; diversas denuncias foram feitas aos mais importantes meios de comunicação, onde foi relatado que o tráfico continua a atuar nessas comunidades, de forma mais discreta, sem mostrar ostensivamente suas armas, como foi possível ver em algumas imagens feitas por moradores.
         Foram realizadas investigações para averiguar se havia algum envolvimento dos policiais com os traficantes, mas nada foi provado. Infelizmente a cada notícia de violência, as esperanças dos moradores em terem uma cidade melhor para viver vão diminuindo, e as autoridades nada fazem e pouco se preocupam, o que agrava mais essa situação que não vai apresentar melhoras enquanto os governadores não tomarem providências com medidas inteligentes para combate ao crime organizado.
        
 Por: Dandara Freitas e Julia Dutra

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